BIOGRAFIA – Luís da Câmara Cascudo

Na sua mocidade, teve existência de príncipe,
morando numa Chácara no Tirol, denominada Vila Cascuda, centro permanente de
reuniões literárias, jantares festivos, recitais de músicos famosos que
transitavam pela cidade. Estudou no Atheneu Norte Rio-grandense, cursou
Medicina na Bahia e Rio de Janeiro, fazendo até o quarto ano. Desistiu de ser
médico, por falta de vocação, e foi estudar Direito no Recife, onde se formou
em 1928.
Apaixonou-se por uma menina de 16 anos, com
delicadeza e nome de flor, Dáhlia Freire. Casaram-se em 21 de abril de 1929 e
tiveram dois filhos: Fernando Luís e Anna Maria. Iniciou-se como jornalista em
outubro de 1918, no jornal "A Imprensa", de propriedade de seu pai.
Colaborou em todos os jornais de Natal e em vários do país, mantendo seções
diárias inesquecíveis, como "Bric-a-Brac", naquele jornal, e
"Acta Diurna", em "A República" e no "Diário de
Natal". Esta última foi mantida quase diariamente de 1939 a 1952 e de 1959
a 1960, numa totalidade de 1.848 artigos.
Estreou como escritor lançando o seu primeiro
trabalho VERSOS REUNIDOS, em 1920, antologia poética de Lourival Açucena, com
introdução e notas de sua autoria. No ano seguinte, 1921, publicou o primeiro
livro inteiramente seu, ALMA PATRÍCIA, crítica literária em torno dos poetas
potiguares desconhecidos do resto do Brasil.
O Dicionário do Folclore Brasileiro, que teve a
sua primeira edição em 1954, foi a primeira compilação acadêmica de temas
ligados ao Folclore, que não tinha, na época, "status" de ciência.

Nenhum comentário:
Postar um comentário