terça-feira, 20 de agosto de 2013

Personalidades - Câmara Cascudo

BIOGRAFIA – Luís da Câmara Cascudo

Luís da Câmara Cascudo nasceu em Natal, na Rua Senador José Bonifácio, chamada Rua das Virgens, 212, no Bairro da Ribeira, numa Sexta-feira, dia de São Sabino, a 30 de dezembro de 1898, às 17:30 hs. Seus pais eram Francisco Justino de Oliveira Cascudo e Ana Maria da Câmara Cascudo, nascida Pimenta.
Na sua mocidade, teve existência de príncipe, morando numa Chácara no Tirol, denominada Vila Cascuda, centro permanente de reuniões literárias, jantares festivos, recitais de músicos famosos que transitavam pela cidade. Estudou no Atheneu Norte Rio-grandense, cursou Medicina na Bahia e Rio de Janeiro, fazendo até o quarto ano. Desistiu de ser médico, por falta de vocação, e foi estudar Direito no Recife, onde se formou em 1928.
Apaixonou-se por uma menina de 16 anos, com delicadeza e nome de flor, Dáhlia Freire. Casaram-se em 21 de abril de 1929 e tiveram dois filhos: Fernando Luís e Anna Maria. Iniciou-se como jornalista em outubro de 1918, no jornal "A Imprensa", de propriedade de seu pai. Colaborou em todos os jornais de Natal e em vários do país, mantendo seções diárias inesquecíveis, como "Bric-a-Brac", naquele jornal, e "Acta Diurna", em "A República" e no "Diário de Natal". Esta última foi mantida quase diariamente de 1939 a 1952 e de 1959 a 1960, numa totalidade de 1.848 artigos.
Estreou como escritor lançando o seu primeiro trabalho VERSOS REUNIDOS, em 1920, antologia poética de Lourival Açucena, com introdução e notas de sua autoria. No ano seguinte, 1921, publicou o primeiro livro inteiramente seu, ALMA PATRÍCIA, crítica literária em torno dos poetas potiguares desconhecidos do resto do Brasil.
O Dicionário do Folclore Brasileiro, que teve a sua primeira edição em 1954, foi a primeira compilação acadêmica de temas ligados ao Folclore, que não tinha, na época, "status" de ciência.
Realizou várias viagens de estudo e pesquisa pelo Brasil e exterior. Em 1947-1948 foi a Portugal organizar e participar do 1º Congresso Luso-Brasileiro de Folclore, onde foi saudado pela imprensa local como "uma das mais altas expressões mundiais no domínio do folclore e etnografia". Cascudo "encantou-se", como ele se referia à morte, no dia 30 de julho de 1986, em Natal, cidade de onde nunca quis "arredar o pé", por se considerar um "provinciano incurável”.


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