segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cientistas descobrem novo tipo de plástico por acidente.

Pesquisadores americanos criaram por acidente uma nova variedade de  reciclável, segundo um estudo publicado na revista Science.
A descoberta poderá ser usada para fazer peças rígidas e gelatinosas e aplicada na fabricação de carros, aviões e eletrônicos mais baratos e menos poluentes.


Jeanette Garcia, do centro de pesquisa da IBM em San Jose, nos Estados Unidos, descobriu o novo tipo de plástico ao esquecer de incluir um dos três componentes de uma reação química para produzir um tipo de plástico conhecido como “thermoset”. “Acabei com esse pedaço de plástico na mão e tinha que descobrir o que era”, disse Garcia à BBC.
“A primeira coisa que fiz foi pesquisar a literatura científica para ver se isso já tinha sido feito antes, porque achava que sim já que se tratava de uma reação química bastante simples.”
Por ser leve e resistente, o plástico “thermoset” é usado em carros modernos e aeronaves, muitas vezes misturado a fibras de carbono. Mas nenhum tipo deste plástico podia ser reciclado – até agora. A nova variedade pode ser dissolvida em ácido, o que a reverte a seus componentes originais, que podem ser reutilizados.
Potencial inovador
“Seu potencial é enorme”, disse Charl Faul, químico de materiais da Universidade de Bristol.
James Hendrick, que chefiava a pesquisa feita na IBM, explica que uma peça feita com este plástico poderá ser facilmente reparada ou reciclada em vez de ser jogada fora quando sofrer algum dano ou terminar sua vida útil.
“Isso nos permitirá economizar muito dinheiro e diminuir o desperdício”, disse Hendrick. O cientista ainda prevê usos inovadores para o novo material: “Ainda estamos descobrindo suas propriedades, mas, sempre que um novo polímero é descoberto, isso leva uma série de novos materiais.” [Da BBC]
Fonte: http://blogs.ne10.uol.com.br/mundobit/2014/05/19/cientistas-descobrem-novo-tipo-de-plastico-por-acidente/#sthash.leH2tKnX.dpuf

ESTUDANTES DE CARAÚBAS INVESTEM EM CURSOS DE IDIOMAS EM BUSCA DE APRENDIZADO E DE BOLSAS INTERNACIONAIS.

A aula é rápida, dura cerca de uma hora e acontece duas vezes por semana. Mas para quem nunca teve contato com o inglês, esse tempo é o suficiente para começar a descobrir um mundo novo. De início, as palavras são desencontradas e o som é complicado de ser entendido, mas Leocádio, 28, não desiste. O universitário, filho de agricultores do município de São Francisco do Oeste, na região do alto oeste potiguar, já arrisca falar e escrever algumas palavras do outro idioma. As saudações como o Good Morning, e os agradecimentos como o Thank you, parecem óbvias no mundo globalizado, mas para ele isso representa o início de uma superação e, quem sabe, o ingresso para a atividade profissional no futuro. “O inglês é essencial, ele abre portas para o mercado”, destaca o estudante de Ciência e Tecnologia, da UFERSA de Caraúbas.

Turma de Inglês.

Dentro dos projetos de extensão da Universidade Federal Rural do Semi-árido, no campus de Caraúbas, os cursos de idiomas são os mais procurados pelos alunos. Atualmente são cerca de 80 estudantes inscritos. As aulas são gratuitas e acontecem em horários alternativos. O inglês, obviamente, é o mais concorrido, mas de uns tempos pra cá, o idioma, classificado hoje como a língua universal, vem ganhando um concorrente na preferência dos universitários: o alemão.
O curso de alemão é um diferencial do campus da UFERSA de Caraúbas e chama atenção de muitas pessoas. Afinal, qual o objetivo prático de aprender o alemão no sertão do Rio Grande do Norte? A resposta está nos cursos de Engenharias Mecânica, Elétrica e Civil e nas licenciaturas em Letras-Inglês e em Libras disponibilizadas no campus. Segundo o professor mestre de engenharia mecânica, Joelton Fonseca, ter uma noção básica do idioma germânico é importante para assimilar melhor os conteúdos do curso, já que as grandes inovações da área vêm da Alemanha. “Muitos manuais, normas, publicações da engenharia mecânica estão em alemão e isso faz com que seja necessário conhecer o idioma”, justifica o professor.
Assim como o inglês, as aulas de alemão acontecem duas vezes por semana e têm cerca de 20 alunos matriculados. O curso é ministrado por um mossoroense que já morou durante um ano na cidade de Guben, a 200 Km de Berlim, capital da Alemanha. Enilson Sousa Costa, 21, é também estudante da UFERSA do curso de Ciência e Tecnologia. O jovem aproveitou a fluência no idioma para repassar aos estudantes e aos professores que frequentam as aulas. O idioma utiliza as mesmas letras do nosso alfabeto e mais algumas gregas, o que torna a sua assimilação difícil. “No alemão você tem que estudar mais ainda devido à fonética, o inglês, por exemplo, como é mais cotidiano torna-se mais fácil de compreender”, orienta Enilson.  

Turma de Alemão.


Atentos à necessidade de aprender o idioma falado por cerca de 100 milhões de europeus, os estudantes da UFERSA Caraúbas buscam conhecer o básico da língua, mas muitos têm objetivos maiores com o alemão. O foco da maioria é conseguir uma bolsa do Programa Ciência Sem Fronteiras do governo federal. “Se eu for contemplado no programa vou levar o meu conhecimento para a Alemanha e volto com uma bagagem intelectual muito maior”. Este é o sonho do jovem Juhgen Klinsmann, 19, natural do município de Patu. O universitário, que coincidentemente tem o nome de um ex-jogador de futebol alemão, participa das aulas e não quer perder a oportunidade. O país mais rico da Europa é a sede de grandes fábricas automobilísticas do mundo como a Volkswagen e conseguir uma bolsa de estudos pra lá é um investimento primoroso que se faz na carreira. “A princípio era só curiosidade, mas aprender o alemão é bem dinâmico, o mais difícil é a pronúncia”, finaliza o jovem Klinsmann.

Aluno Juhgen Klinsmann.

Hoje 4 estudantes do campus da UFERSA de Caraúbas estão em diferentes cidades dos Estados Unidos pelo programa Ciências sem Fronteiras, a meta agora é proporcionar esse benefício a outros universitários do sertão.

Matéria de Carlos Adams.