NOVAS DIDÁTICAS
Na semana que se passou, este blog publicou sua enquete com a seguinte
pergunta: "Das características necessárias aos professores do séc. XXI,
qual é o seu ponto forte?" e obteve como resposta vencedora a seguinte:
"Estar atualizado nas novas didáticas". Para melhorar o conhecimento
dos leitores deste diário sobre a resposta eleita, segue um depoimento de uma
professora da rede municipal de ensino do município do Recife-PE.
"Quando assumi uma sala de aula
pela primeira vez, senti dificuldade por não ter um grande domínio das
didáticas. Na faculdade, procurei aprender o máximo sobre isso e, como leciono
nas primeiras séries do Ensino Fundamental, tenho de me preparar em todas as
áreas. O trabalho com Língua Portuguesa é estratégico nesses anos iniciais.
Para dar conta disso, assim que terminei a graduação, já estava fazendo uma
extensão universitária sobre práticas de leitura na Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE). Também me
aprimorei em relação à escrita num curso que
abordou as situações didáticas fundamentais na alfabetização. Nunca perco as
formações oferecidas pela rede e esse foi o meio de me atualizar em relação à
didática da Matemática. No curso, conheci as últimas pesquisas sobre o tema,
entendi como as crianças aprendem e de que forma encaminhar as atividades para
facilitar a aprendizagem. Participei ainda de cursos em História, Geografia e
Arte. Faz toda a diferença no dia a dia na sala de aula ter contato com as
obras de autores consagrados e se aprofundar nas didáticas específicas. Para
resolver outra demanda essencial - ensinar alunos com deficiência -, fiz
um curso de pós-graduação em Psicopedagogia. Com as aulas, aprendi formas
de interagir com eles e a identificar que atividade é mais eficaz para cada
tipo de dificuldade. Invisto muito do meu tempo em todos esses cursos, mas isso
acaba facilitando meu trabalho e me fornece instrumentos para enfrentar as
dificuldades em sala. Hoje tomo decisões com mais segurança e, quando vejo o
quanto os estudantes estão avançando, percebo que estou no caminho certo. Os
resultados da Prova Brasil mostram o impacto da formação no meu trabalho: as
notas da minha sala são muito maiores do que as médias nacional, estadual e
municipal."
Sandra de Amorim Silva Cavalcanti, 29 anos, professora na EM
Professor Aderbal Galvão e coordenadora de projetos da rede municipal do
Recife, PE
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